ÁRVORE DO JARDIM DA INFÂNCIA

Adeus árvore amiga!

Sua beleza altaneira, já não flui mais

A ausência de sua sombra, repousa no azul vazio do espaço escolar

Abrigara antes um lindo lar feito de barro

Onde viviam, um casal de pássaros enamorados

Que cantavam e encantavam

A cada espetáculo crepuscular

Uma pequena criança chora

O seu triste tombar

Que contraditório é o saber

Pois, ela acabara de aprender

Que ecologicamente temos que

Preservar o meio ambiente

Respeitando a natureza

e tudo o que ela compõe

Arvore é um ser vivo

Que nasce, cresce, reproduz e morre

Ela percebeu que a arvore era ainda bem jovem

Muito cedo para morrer

A natureza tinha muito que se encantar com sua beleza

Coração de criança não quer entender

Grita sua dor, pois não compreende

A razão de matar um ser tão belo

Que confidente era dos pássaros e libélulas

Seres que insistem viver contra a mão do poder

Tempo este, que já não lhe propicia vida

Abundancia das matas ficou na lembrança de cada asa

Ave ferida busca cura cicatrizante da alma

No aconchego das ramagens verdes da urbanidade

Sem saber que sua presença é fugaz

Seus galhos vão repousar no espaço quente da fornalha

Onde tudo vira palha

Da palha a cinza

Da cinza o nada

E o garoto crescerá

A imagem dessa árvore

Em sua alma perpetuará!

Angeluar
Enviado por Angeluar em 17/07/2007
Código do texto: T568774
Classificação de conteúdo: seguro