Doces Gaivotas

Que ninguém me impeça,
que ninguém tente me desassossegar.
Meu fôlego anseia
envolver-me nessa névoa
erguer-me desse chão
e pôr-me a voar,com as gaivotas.
Não sei aonde essa transposição
irá me levar.
Nada sei do destino dessas aves
desatinadas a barulhar.
Talvez para o além?
Só sei que quero voar
de encontro a harmonia dos astros,
que por certo, no caminho deverão estar,
a esperar passivamente,
a passarada,
com seus gritos ásperos e roucos.
Quero achar,
em algum atalho no céu,
de carona nas asas cinzas da gaivota
a regra elementar do meu destino.

Quem sabe,encontrarei no ar,
também voando,
algum sonho de um menino?
Eugênia Morais
Enviado por Eugênia Morais em 15/06/2016
Reeditado em 15/06/2016
Código do texto: T5668581
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