Planeta Terra
Longe do centro do universo
Uma linda bailarina gira
Rodopia e evolui
Tudo mais, parece estar parado
Com seu raro vestido azulado
Baila, tendo ao seu lado
Sua irmã menor, de branco vestida
A dança flui
Ruem os alicerces do infinito
Aldebarã e suas vizinhas
espiam de longe
As duas lindas e alegres irmãs
Que rodopiam sem parar
Um astro próximo
As ilumina com seu refletor
Incandescente holofote
de trezentos trilhões de Spots
Marte bate palmas
Oito bilhões de almas
dançam juntas.
A pequena e linda
bailarina azulada
distraída, não percebe nada
e segue rodopiando
Dançando com a sua lua
Que, às vezes parece, nua
Quando o Sol chega mais perto
E percebe a Terra azul
Trajando um saiote de nuvens
Saturno segura um anel
e oferece casamento
A Terra baila linda
Linda bailarina
Perdida no esquecimento
que a alegria proporciona
Astros distantes
Vão brilhando como purpurina
PLaneta Terra, nossa atriz dançante
Brilhando igual diamante
vai passando ritmada
Tão bonita
Que não quer saber de nada
Até que se acabe a noite
Infinita noite dos tempos.
Edson Ricardo Paiva