Taça de silêncio

Olhar vazio, mente distante

Uma taça de silêncio em mãos

Ébria em sua dor constante

Dor...

Mas que dor é essa, afinal?

O vazio, eis seu dissabor

Cada gole naquela taça torrencial

Era-lhe corrosivo

Num paradoxo infernal

Por que não punha fim ao seu pranto?

Por que calava-se? Simples:

Não vivia sem aquele manto.

Gabriela Gomes Bastos
Enviado por Gabriela Gomes Bastos em 29/05/2016
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