Taça de silêncio
Olhar vazio, mente distante
Uma taça de silêncio em mãos
Ébria em sua dor constante
Dor...
Mas que dor é essa, afinal?
O vazio, eis seu dissabor
Cada gole naquela taça torrencial
Era-lhe corrosivo
Num paradoxo infernal
Por que não punha fim ao seu pranto?
Por que calava-se? Simples:
Não vivia sem aquele manto.