SENHORES DO SEU NARIZ
Há tanta gente por aí,
Senhores do seu nariz,
Pensam que são alguém,
Não valem um vintém.
Exibem o que não é deles,
Fazem espavento do nada,
São gente há muito falhada,
Que procura publicidade.
Esses senhores do seu nariz,
Também se constipam,
Quando o tempo arrefece,
Forte gripe os atormenta.
Julgam-se muito importantes,
Por serem senhores do seu nariz,
Mas esquecem-se que são mortais,
Tal como os demais.
Quando o nariz se congestiona,
Vem à superfície, à tona,
A abundante mucosidade
Que o seu nariz liberta.
Essa gente, senhores do seu nariz,
Perdem tais grandes ilusões,
Abandonam suas pretensões,
Deixando de ter algum cariz.
Ruy Serrano - 30.05.2016