SENHORES DO SEU NARIZ

Há tanta gente por aí,

Senhores do seu nariz,

Pensam que são alguém,

Não valem um vintém.

Exibem o que não é deles,

Fazem espavento do nada,

São gente há muito falhada,

Que procura publicidade.

Esses senhores do seu nariz,

Também se constipam,

Quando o tempo arrefece,

Forte gripe os atormenta.

Julgam-se muito importantes,

Por serem senhores do seu nariz,

Mas esquecem-se que são mortais,

Tal como os demais.

Quando o nariz se congestiona,

Vem à superfície, à tona,

A abundante mucosidade

Que o seu nariz liberta.

Essa gente, senhores do seu nariz,

Perdem tais grandes ilusões,

Abandonam suas pretensões,

Deixando de ter algum cariz.

Ruy Serrano - 30.05.2016

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 29/05/2016
Reeditado em 29/05/2016
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