VOANDO NA SOLIDÃO

Deixo meu corpo inerte no quarto,

em viagens fantásticas parto,

vou para um mundo de solidão.

Vou,para onde o silêncio impera,

onde não existe a primavera,

vou,para o mundo da escuridão.

Viajo, sem nenhuma companhia,

não sinto tristeza nem alegria,

sozinho no espaço,a alma avança.

Não espero encontrar alguém,

ja sei,que não verei ninguém

nem a saudade,nem a esperança.

Sei,que não terei nada por perto,

pois e um mundo todo deserto,

que deixa embaçada,minha visão.

Quando pelo espaço,estou a voar,

algumas vezes,consigo escutar,

as batidas,do meu coração.

Quanto mais para longe voando,

meu corpo,mais leve vai ficando,

como se fosse,um sonho de uma criança.

Desse mundo,que tanto me acalma,

não sei por que a minha alma,

guarda,tão pouca lembrança.

E uma resposta que não disponho,

por que será que somente em sonho,

esse mundo,consigo visitar?

Minha alma,as vezes abusa

quando o meu retorno recusa,

me implorando,para não voltar...

Numa certa vez,quando viajava,

o meu cérebro não acordava,

fui me perdendo,na imensidão...

Desesperado,e tentando retornar,

demorou,para mim enxergar,

o meu corpo,esticado no chão...

Viagens que muitas vezes faço,

indo,para algum lugar do espaço,

coisa,que não consigo entender...

Sera que essa região esquecida,

sera minha morada,depois da vida,

por isso tenho,vontade de morrer?

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 13/07/2007
Código do texto: T563812
Classificação de conteúdo: seguro