Entristecida...
Cá estou a dedilhar as contas do rosário,
preces pra Deus aliviar o meu calvário.
Dia sombrio, pássaros entristecidos.
Flores sorrindo brilhantes no orvalho.
Ao longe o sino dobra seu lamento,
um latido chorado de um cão ecoa.
A saudade em meu peito arde como brasa,
E tu onde estás? Cada vez mais te afastas.
O ruído do vento a farfalhar as folhas,
O silêncio das que tombam sem um "ai",
O perfume do jasmineiro que janela adentra...
Tudo o que meus olhos veem, todos os cheiros,
Sons ou silêncios, chuva ou sol. Pensei que te esqueceria.
Este coração não aprende, não muda. Eu aqui vencida.
Amo-te!!! Vivo as incertezas e as certezas do dia,
E nas contas do rosário, vou rezando as Ave Marias!!!