Noite...
Noite...
Mais uma noite acordando,
na sua mais suave penumbra...
O silêncio vem chegando,
invadindo, ficando...
Trazendo a solidão impregnada
em seus tons...
A escuridão vem descendo,
tomando conta dos espaços
vazios...
Deixando sua sombra amarga
por onde passa...
No baile frenético das sombras,
a dança é muda...
Os pecados tornam-se menos
impuros,
cobertos pelo véu negro
da noite...
O sangue inglório torna-se
mais carmim,
reflexo dos amores que
nascem e renascem...
As almas tornam-se mais
reluzentes,
furto da luz da lua...
O infinito torna-se mais
distante,
fruto da visão sombria...
As dores tornam-se mais
doídas,
alimento do coração
ferido...
E no leito órfão,
na pele seminua,
na face soturna,
nos olhos enegrecidos,
ainda um fio de vida...
A noite vai esvaecendo
dando lugar ao Alvorecer...
Nesse breve encontro,
despejam raios de Fé...
A Fé que nos guia e conduz!
E nos leva a acreditar,
que nem tudo foi perdido,
que a vida vale a pena,
que o Amor ainda vai
vencer e prevalecer...
13/04/2016