Desde a tua partida:

Na sala escura
Um relógio ecoa irritante,
A tranquilidade escapa pelas frestas
E tudo reclama a tua ausência.

O tic-tac estende-se noite afora
Invadindo o amanhecer,
Trazendo mau agouro
Na solidão desmedida.

As horas que passam
Não passam,
Aprisionam-se desordeiras
Nas paredes da saudade.

O relógio chora lágrimas de sal
Como meu coração enferrujado
Chora os versos do desejo
A tua espera.



Léa Ferro. SP. 06/01/2009

 
Léa Ferro
Enviado por Léa Ferro em 09/04/2016
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