EIS A NOITE...

Eis a noite pífia,  estrelas mortas,

Decadentes bares ao luar.

Meu ente entre as mesas,

De forma tão insípida,

Minha alma assim desfila,

Quais as vis palavras pelo ar.

Eis a noite em rimas tortas,

Vindas de um triste pulsar.

Minha via não é mais a mesma,

Agora nesta estrada ríspida,

Minha alma se perfila,

Entre o ir e o se enterrar.

Eis a noite fria que me corta,

Não importando em que lugar.

Minha mente,  via indefesa,

Imaginando a alegria por límpida,

Cega a minha alma, que, só, destila,

O medo de qualquer trilhar.

Eis a noite firme; minha porta,

De onde nunca poderei passar.

Minha fonte escura e represa,

Na qual a esperança se dissipa,

Alma, minha dor espírita,

Lua, estrada de luz no mar.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/04/2016
Código do texto: T5596290
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