EIS A NOITE...
Eis a noite pífia, estrelas mortas,
Decadentes bares ao luar.
Meu ente entre as mesas,
De forma tão insípida,
Minha alma assim desfila,
Quais as vis palavras pelo ar.
Eis a noite em rimas tortas,
Vindas de um triste pulsar.
Minha via não é mais a mesma,
Agora nesta estrada ríspida,
Minha alma se perfila,
Entre o ir e o se enterrar.
Eis a noite fria que me corta,
Não importando em que lugar.
Minha mente, via indefesa,
Imaginando a alegria por límpida,
Cega a minha alma, que, só, destila,
O medo de qualquer trilhar.
Eis a noite firme; minha porta,
De onde nunca poderei passar.
Minha fonte escura e represa,
Na qual a esperança se dissipa,
Alma, minha dor espírita,
Lua, estrada de luz no mar.