Leoa
Uma leoa descansa sob a maciez da noite
Sobre as patas fortes sua cabeça repousou
A ouvir ali a cantoria
da brisa que lhe tocou os ouvidos
A ouvir ali a cantoria
do coração que incendeia em vida
Suas artérias trazem a cor das matas
A braveza pontiaguda de seus dentes
É permeada na doçura de sua língua
Suas garras
r a s g a m
o próprio peito
E o rugir do amor estremece a floresta!
Seu sangue derrama sua própria cura
Seu cheiro exala uma grande história
que vaga a passear pelo tempo
dizendo ao guardião da memória:
Te amo