Oh, amor!

Onde estás, oh amor?

Me golpeaste e simplesmente se esvaiu?

Me tomaste de súbito nem se quer ousou perguntar-me da minha vontade, invadiu as minhas barreiras mais sólidas e inalcansaveis, pôs tudo abaixo e se instalou, e agora me vem ausente por tempos me abandonado o sentimento e me assalta com teus canhoes e artilharias?

Para que me envolveu, oh amor? Se o que desejavas era só tempo, um alento e na primeira ventania abandonaste as flores que cultivaste com tanto esmero.

De certo há flores ainda sobrevivendo as desilusões e tempestades, tolas talvez ainda esperar que o vento passe e o sol renasça trazendo a bonança De dias mais felizes.

Mas enquanto ainda as últimas flores relutam E choram seus desamores , há o amor de perder o viço, E toda magia de outrora?

Fora tudo ilusão ou sonho de quem um dia ouviu falar-te amor?

Ontem, Menina dos olhos - Hoje, poeira de Estrada.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 04/03/2016
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