Oh, amor!
Onde estás, oh amor?
Me golpeaste e simplesmente se esvaiu?
Me tomaste de súbito nem se quer ousou perguntar-me da minha vontade, invadiu as minhas barreiras mais sólidas e inalcansaveis, pôs tudo abaixo e se instalou, e agora me vem ausente por tempos me abandonado o sentimento e me assalta com teus canhoes e artilharias?
Para que me envolveu, oh amor? Se o que desejavas era só tempo, um alento e na primeira ventania abandonaste as flores que cultivaste com tanto esmero.
De certo há flores ainda sobrevivendo as desilusões e tempestades, tolas talvez ainda esperar que o vento passe e o sol renasça trazendo a bonança De dias mais felizes.
Mas enquanto ainda as últimas flores relutam E choram seus desamores , há o amor de perder o viço, E toda magia de outrora?
Fora tudo ilusão ou sonho de quem um dia ouviu falar-te amor?
Ontem, Menina dos olhos - Hoje, poeira de Estrada.