NOITES DO SERTÃO
Quando o sol no horizonte
Debruça por trás do monte
Inspira um poema santo.
Em cada canto tão inocente
A noite se faz presente
Exibindo seu negro manto!
Os animais mais selvagens
Saem de dentro das folhagens
À procura de alimento.
Os cascavéis nos cascalhos
Balançam os seus chocalhos
Num leve pressentimento.
Os pequeninos pirilampos
Passeiam pelos campos
Cobertos de orvalho e flores;
Enquanto os bacuraus do sertão
Vagueiam na escuridão
Entre mamíferos voadores.
Os viventes da floresta
Se alegram fazendo festa
Tão cheios de emoção
Ao verem a lua alva
Beijando a estrela-d'alva
Na imensidão!