O mesmo...

a brisa suave do vento

toca-me!

o silêncio ensurdecedor

assusta-me!

o grito preso na garganta

dilata-me!

a escuridão que chega

não é a mesma que vai..

a madrugada que surge

não é a mesma que se esconde..

o sangue que escorre

é o mesmo de nós..

a lágrima que choro

é ainda a mesma que cai..

a palavra não dita

é a mesma cansada..

o corpo ainda inerte

é o mesmo que treme

o olho cerrado

é o mesmo que nota

a mão que não toca

é a mesma que alisa

a voz que soluça

é a mesma que cala

o coração que ainda pulsa

é o mesmo que dói..

o amor que ainda vive

é o mesmo que foi...

22/02/2016

Valdirene Nogueira
Enviado por Valdirene Nogueira em 22/02/2016
Código do texto: T5551606
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