Travando batalhas
Mesmo na indecisão de minhas atitudes covardes,
Mesmo em minha mais alta ambição comedida,
Corroída em seus alicerces mais remotos,
Abalada por intempéries ou terremotos.
Mesmo na insegurança que me mata aos poucos,
Que me segura com seus braços largos,
A passos largos recuo cada vez mais,
Cada vez mais sucumbo sem perceber,
Ou talvez perceba e custe a aceitar,
Acho que não aceito para não me acomodar.
Mesmo fingindo não notar eu noto.
Noto minhas fraquezas humanas,
As aceito como sendo naturais,
Afinal todos temos fraquezas escondidas,
Algumas menos que outras,
Às vezes explícitas à olhos nus,
Ou implícitas no fundo da alma.
Entrego-me às tentações insinuantes.
Diante dos meus olhos as vejo cheias de si,
Riem-se de mim como se tivessem me vencido.