Um sopro na relva

O amor sopra na relva de macios recordares

Pelo ar que serpenteia seus caminhos

Uma quase frieza anoitece os olhos

Tocados por um semblante

Cujo sorriso tece distância

O horizonte sorri

Toca-me os olhos

O céu aberto tudo vê

Perante o descaso das pálpebras celestinas

Que teimam em não se fechar

a qualquer cicatriz