Saudades daquele tempo...
Carro de boi
Lá vem a vacaria, coisa bonita de ver
Tomando o pasto,
e lá vem...
Cheiro de cana amassada
Cheiro puro de natureza nas mãos
Olhando a fumaça do fogão a lenha
Os quero quero cantando do lado de lá
Eita vida boa!
A mata verdinha,
a beleza ímpar dos pés de manacás
Encantadores manacás do mato!
A tobata seguindo
lá se vão aqueles homens simples
de mãos calejadas, pele ardida do sol
e fala mansa, doce, de gente de bem
E lá se vem a querida vizinha Elga
trazendo pão fresquinho, bolo macio
e aquele leitinho
Os bichos soltos pelo açude,
vivendo sua vidinha
Tanto plantou-se e se colheu
Trabalhamos na roça
Comemos goiabas doces do pé,
maracujá de colherinha, doce
Algumas frutas se colheu
Mãos que trabalham arduamente deveriam sempre
colher
Estrada de cheiro bom
curvas e curvas, mas se chega lá
Seu Sebaldo esperando o amigo
pra uma prosa e uma cachaçinha da boa
E lá vai horas contando seus causos
Encantador!
E o entardecer vem chegando
Os bichos se aquietando nos seus cantos
Estrelas enfeitando o céu do interior
Sensação gostosa
O cafézinho, a prosa
O cheiro do fogão a lenha da vizinha invadindo
O descanso depois de uma grande labuta
por aquelas terras
Saudades daquele tempo que se foi...
Escrevi ouvindo: Vitor e Léo / Sergio Reis - Vida Boa