Fuga Noturna

Como um qualquer noturno ser,

Em fuga do lar para viver,

Aventura-se na penumbra a trabalhar,

Deixando para traz a família ficar!

Qual farrapo, qual sombra,

Em sua consciência tomba,

E sai, moribundo, em desalento,

Depois de tanto contentamento,

Para traz deixar!

Mas, e há sempre um mas,

A mutação que se opera em seu coração,

Não é apenas saudade,

Não é apenas verdade,

Do caminho traçado,

Do que por eles foi alcançado,

Na profissão,

Na devoção,

E ao recordar se alegra, sorri e agradece,

Pois tudo por ti é visto, feito e pedido,

Comunicado em jeito de prece,

Estando por isso agradecido,

Pela manha, que ao chegar,

Os seu braços a minha espera vou encontrar!

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 30/01/2016
Código do texto: T5528030
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