O LEITO...
Sei que aquela folha morta...
Carregada pelo rio...
Inconsciente da vida e de seu destino...
Mesmo assim será leito em seu bolor.
É a mágica de tudo...
Que nos dilui à sentimentos...
Independentemente do intento...
Nos impõe um fim desafiador.
Filosófica e reflexiva analogia...
Que entre eu e aquela triste folha...
De mim, ainda reste uma escolha...
Àquele fim tão desanimador.
Não! Não que mude a realidade...
O epílogo seguiria o mesmo texto...
Mas eu em meu contexto...
Morreria noutro leito... amor.
Sei que no final soará a morte...
Carregadando-me desta forma serena...
Mesmo assim será uma pena...
Tolo sorriso na face da dor.