BONDE SÃO MATEUS

Me deito um tanto sonolenta. da lida cansada

e pelas altas da madrugada acordo e ouço

o ultimo bonde passar rumo ao abrigo de tais!

Fico, nessa lembrança, a recordar, da vida,

o bonde com seus bancos de madeira,

o motorneiro sorridente a todos cumprimentar

e pelos estribos, o cobrador numa longa ginástica,

nos dedos, enfileiradas, notas assim a trocar!

Mas havia também os flertes no bonde,

os senhores gentilmente pagando a passagem

da amiga ou vizinha, que a frente lá está

e o sorriso generoso da mesma a se agradar!

Ah! Nos desvios, dois bondes parados

e os passageiros conhecidos do outro veículo

sorridentes a se cumprimentarem, mas

as moçoilas, dos rapazes a se deliciarem!

No final da linha eram os encostos virados

e novos sonhos assim como os meus

viajavam no bonde de São Mateus!

Eugênia L.Gaio-16/01/2016

Eugenia L Gaio
Enviado por Eugenia L Gaio em 16/01/2016
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