“O MATUTO”.
(Poesia bucólica).
A luz do sol clareava
As palhas do meu ranchinho,
Por entre frestas entravam
Dezenas de réstias fininhas
Todas as réstias clareavam
O meu humilde cantinho...
Nas noites que a lua era alva
Pelas janelas entravam
Clareando o meu ninho;
Eu de feliz suspirava
Pegava a viola e cantava
Pra lua mais clarear...
Quando amanhecia o dia
O meu canto confundia
Ao canto do sabiá.
Hoje só resta a saudade
Eu vivo nesta cidade
Sem ouvir pássaros cantar;
Mas se Deus me der saúde
Assim como eu vim e pude;
Volto pra aquele lugar!