Sonhos
Meu sonho se divide em vários sonhos.
Uns, meros sonhos de espera e fadiga,
Lampejos da alma engrandecidos pela dor.
Sonhos que podem esperar, e muito,
Pois pelo tempo, já sei que não virão.
Outros, anseiam pela materialização,
São os desesperados que não se detêm.
Tais ilusões,mais fortes que eu mesma,
Parecem assumir o leme do meu viver,
E dessa forma, fazem crer que só eles
Podem fazer da vida algo maravilhoso.
Existem os sonhos antigos, secretos,
Uma vez que pertencem ao coração,
São guardados em caixas enfeitadas
No fundo de velhos baús, abandonados
Dormem enrolados em lenços de seda.
Creio serem os sonhos a busca da alma,
Sentido da vida, e a própria ânsia de viver.
Perambulam pela existência qual fantasmas.
Como um balanço que vai e volta eternamente
Inebriam o espírito e afagam nosso coração.
Stelamaris