POR TODOS OS DIAS...
Quem dera você pudesse entender...
O que foram meus dias...
Aqueles de pensar contemplando a chuva...
Filosofando por qualquer motivo...
Sem usar qualquer razão.
Viajava até mesmo num singelo pingo...
Ou numa folha levada pela água...
Sem qualquer destino.
Noites de desatino...
Onde imperava apenas os desejos...
Lembranças dos abraços....
Do seu rosto, os traços...
Da sua boca, os beijos.
Se, mesmo assim, não fizer jus a ideia...
Os explicitados exemplos...
Ei de do meu peito templo...
Expor uma pequena lágrima...
Qual aquela chuva malvada...
Ainda na Folha que passa...
Imagem mais que repetida...
Em força nada contida...
Embora perdida no tempo...
Levando-me ao pranto...
A rogar um olhar...
Para o meu secar...
Não mais chover assim...
Apenas lhe amar...
Nem que seja por um minuto...
Se não for pedir muito...
Que seja por todos os dias.