O tempo de quem sonha
 
Será possível entender
Reagir como, não sei
Fingir que não expliquei
Ou que muito extrapolei, eu sei
É muito a se absorver
 
Problemas de interações
Princípios, valores mil
Linguagem, considerações
Vidas, rotinas, paixões
Ângulos que não se viu
 
O mundo dos interesses
Sejam físicos ou mentais
Enganam as duas partes
Mesmo com ajuda da arte
Podem ser tão desiguais
 
As vivências, experiências
Óbvias crenças presumidas
Todo tipo de distância
Velada desconfiança
Ponto de qualquer partida
 
Urge o tempo de quem sonha
Surgem ventos num clarão
Vão, distâncias tão medonhas...
Rios, mares e montanhas
Que por si não impedirão
 
Basta um sinal, um segundo
Um entendido por vir
Vai-se a quietude forçada
Mensagens menos cifradas
Pra um mundo novo surgir