Frágil textura
O que não se pode insistir
Rabiscos soltos no tempo
To navegando no espaço
Resistindo ao cansaço
De ser humano ao relento...
O que não se pode aprender
Voar nas nuvens do céu
E volta o vento distante
Feito um cavaleiro errante
A arrancar meu chapéu...
Veja a estrela brilhante
A suspirar meu andor
Parece estrela cadente
A divertir sorridente
A falta do meu amor...
To na esquina do encanto
Nesta procura sem fim
Vejo o teu rosto discreto
A ventilar no meu teto
Rodando as voltas de mim;
E quando tudo passar
Serei o mesmo a fraqueza
Com a mesma cara do espelho
O mesmo rosto vermelho
De reencontro com a incerteza...
Venha curtir meu coração
A minha frágil textura;
O teu carinho me encanta
Tu tens a força que me levanta
És a razão da minha criatura...