Fragmentos de mim
Há tantos fragmentos de mim
Que nessa tarde fria nem sei quem sou
Pedaços de uma saudosa lembrança
Restos de uma aliança, cuja parte o tempo levou
Já não ouso sentar-me à janela
Minh’alma arde numa centelha relutante
Como se morresse a cada instante
Já não me lembro, tudo é quimera
Sinto vagar meus pensamentos
Como se voasse livres pairando em minha cabeça
São nuances de uma reminiscência
Tamanha imprudência, uma peça
Há fragmentos de mim por toda parte
Em cada poema, cor, cada arte
Em cada sentido de tudo
Mesmo no surdo e silencioso mundo
Em tudo, há fragmentos de mim...