MEDO DE MORRER.

O medo e como uma estrada,

Que caminha,

Nas minhas incertezas,

Sem placas,

Sem direção,

Sem pensamentos,

Sem rumo,

Sem curvas,

Apenas um silencio.

Medo de uma espada,

Afiada,

Rumo aos meus olhos,

Que me dominou,

Me arrebateu,

Pra uma sentença de morte.

Atingiram minha fragilidade,

Apavorou-me,

Intimidou-me,

Roubou-me,

Por um rosto que jamais verei.

Enfraqueci minhas forças,

Sobrou um coração,

Tímido,

Triste e sem energias,

No meio desse nada,

Nesse silencio dominante,

Apenas pensamentos,

De uma espada na cabeça,

Que vive a me atormentar.

Onde estou,

Onde tudo aconteceu,

Vivo tentando fugir,

No meu olhar fúnebre,

Que chora lagrimas secas.

Vivi momentos de um vulcão,

Prestes a explodir,

Lembro de apenas momentos,

Sem passado,

Sem futuro,

Suspenso por uma espada na cabeça.

Senti medo de morrer,

Sem ao menos perceber,

Medo de matarem meus sonhos,

Sem poder ver o mundo,

Que ainda me esperava.

Senti medo,

De abandonar quem eu amo,

Das palavras que escrevo,

Dos amigos que eu cuido,

Dos meus poemas rasgados.

Eu vi tudo acontecer,

Diante dos meus olhos,

Como se fosse apenas um vento,

Morto pelo desconhecido.

Agora estou perdido,

Levado por pensamentos,

Estranhos,

Com meus medos,

Assustado,

Com meus sonhos acordados,

Medo de encarar a luz,

Medo de uma nova realidade.

Zeka Biguetti
Enviado por Zeka Biguetti em 01/11/2015
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