Ode ao Trem
Para onde te moves?
E o trem?
Que tanto passa
E desemboca
Na boca
De outra vida
Crua
De nós?
De que te serve
o trilho?
Se trilha só
o descampado
fantasma
de solitude
e permanência?
Enquanto caverna.
Resisto
Só
E anoitecido
Seguro do breu
que me acompanha
Estendendo ao acaso
Vários
Sibilantes
protestos
Ao de dentro
Ainda breu.
Eu.