serras, cercanias e terras distantes
vim, e não de todo vim
mas chegando já não quis partir
e pedaços da alma
deixei no caminho cair
e espinhos na derme
colhi da flor a se abrir
e o pó da estrada
levei na pele a me cobrir
e o tempo rugoso
meu rosto fazia cair
onde o sol ardente
teimava em sair e sair...
eu vim...
em busca de mim
em luta sem fim
em pedregosa serra
de causticante terra
mas importa isto...
eu vim !
e nestas pradarias
onde tudo se consumia
debaixo do sol de meus Deus
trouxe cá este meu "eu".
a colher no seu semblante
flor de terra distante
semente que me atraia
rosa da pradaria
de bronze a terna flor
sempre, sempre
de doce odor.
és esperança no sertão
quero nas cercanias deste chão...
plantar o meu pobre coração
onde possa minha mão...
segurar a sua mão.