Hoje, Oriente
(Aquela cidadezinha onde nasci)
Hoje, Oriente
Descem a ladeira da vida,
Sem rumo e tão sentidas,
Tão arrastadas, tão presas,
Tão minhas estas tristezas.
Parte de mim, que sem trauma,
Há tempo habitam minha alma.
Cruzeiro do sul do meu destino,
Luzes dos meus dias de menino.
São elas frutos dos tempos vividos.
Nos rios, nas ruas de minha infância,
Marcas de alegrias e risos perdidos,
Nos amigos apartados na distância.
Veladas e amadas em quem as sentem,
Deusas guardiãs destas ingênuas artes,
Esculpidas nas imagens desta Oriente,
Tão pequena, tão gigante em saudades!