A FADA E O FAUNO
Findo o doce toque da canção plangente
diz o Fauno à sua amada e bela ninfa,
entre as brumas perfumadas da nascente
que espargiam a nuvem fresca de sua linfa:
- Doce Náiade! não há volta possível
do caminho escolhido, em comum,
e a que todos chamam inadmissível:
nossos dois mundos tornados só em um!
Pensa bem, Náiade minha - no destino!
Se recuas, de volta à infelicidade,
a nóis dois reservarás o desatino,
na voragem de uma amarga inverdade!
Tu, num mundo que não te é condizente;
eu, em vida que baqueia no vazio!
A tua vida se esvaindo, evanecente;
E aqui morre um carvalho, - só! De frio!*...
(Excerto de A Fada e o Fauno III - Conto do Reino Encantado)
*O texto é discurso de um Fauno que, no Reino Encantado dos Duendes, é o guardião das árvores, nutrindo-se de sua vida.
Findo o doce toque da canção plangente
diz o Fauno à sua amada e bela ninfa,
entre as brumas perfumadas da nascente
que espargiam a nuvem fresca de sua linfa:
- Doce Náiade! não há volta possível
do caminho escolhido, em comum,
e a que todos chamam inadmissível:
nossos dois mundos tornados só em um!
Pensa bem, Náiade minha - no destino!
Se recuas, de volta à infelicidade,
a nóis dois reservarás o desatino,
na voragem de uma amarga inverdade!
Tu, num mundo que não te é condizente;
eu, em vida que baqueia no vazio!
A tua vida se esvaindo, evanecente;
E aqui morre um carvalho, - só! De frio!*...
(Excerto de A Fada e o Fauno III - Conto do Reino Encantado)
*O texto é discurso de um Fauno que, no Reino Encantado dos Duendes, é o guardião das árvores, nutrindo-se de sua vida.