Entre a alma e o corpo (amor)
É tudo tão estranho.
Tão sem sentido.
Tudo vazio.
O vazio de corpos.
O preenchimento da alma.
Como conviver com duas facetas de um mesmo eu?
Como aceitar que sou alma, sou espírito, posto que também sou corpo, sou desejo, sou chama?
O que realmente importa?
Ou o que realmente deveria importar?
Os questionamentos não cessam... As vontades idem...
Vontade de estar perto, de querer o bem, de fazer o bem, de amar da forma mais sincera e pura que pode existir...
Mas também de desejar, de querer, de sentir, de dizer "é meu"e saber que isso é real, ainda que seja vontade humana.
Somos matéria, presas à um receptáculo momentâneo... Cheios de luxúria, prazeres, desejos...
E quando deixarmos o receptáculo, seremos espíritos envoltos em pureza e sinceridade... A sinceridade da alma... Sinceridade que nos acompanha em vida, enquanto ainda somos alma e matéria... Sinceridade que também se une ao amor...
Amor...
Amor...
Amor...
Aliás, como amar de uma única forma? Como amar? Qual a "forma certa" de amar? (Existe?)
Amor é matéria? Ou é espírito? Ou os dois? Ou apenas um?
A alma humana ama? Apenas sente? Quando amamos é o corpo ou o espírito? Ou os dois?
Ao final de tudo a única certeza que nos restará é que teremos amado... Corpo...Espírito... Às vezes mais corpo, às vezes mais espírito... E se o que é dito "amor", realmente o for, seguirá para outras vidas. Outros mundos. Outros sonhos. Outros receptáculos... E os mesmos questionamentos...
Mas até lá, amemos. Da forma como conseguirmos amar. Sem esperar em troca. Apenas dar. Mas se recebermos, alegremo-nos! É amor. É recíproco. Talvez um amor entre almas. De outras vidas. Absoluto. Sincero. Ou... Apenas amor.