CREDO VENENO DO IMORTAL

CREDO VENENO DO IMORTAL

Credo veneno do imortal

reza frieza triste

no barco andante sem rio

os elementos do agonal

proa de terra barrenta

mar de ondas poeiras

nuvens sem gota

me cai uma que outra

na espera perdida que era

fitava sobre a lagoa

algum fruto milagroso

teimas nas termas de sol

andar de enxada

queimas pernas inchadas

que apenas tu tens dó

molha teu rosto andarilho

ego mudo que vaga

num mundo

louco pelo pouco

que teu corpo verte esbarra

folha palma que abre

como pobre moeda jogada

ainda me culpo

por olhar as estrelas

na noite

ainda me julgo

pela vontade do meu julgo

de ter tantos filhos

que a boca enorme

me engole lá dentro ouço

um soluço frouxo

dizendo por alma

seu moço que me cobre de lar

sou um pequeno sonho

que o pesadelo quer matar

de volta pressinto meu erro

será meu erro ter amado

tão bela dama

na cama a chama

derruba preceitos

preconceitos pré-cozidos

me sentiria falido

de entrar nesta morada

de pés calçados

calcado na estima de homem

que contem quanto quiser

o que contém mulher

amante das fagulhas que

ainda acendem

não mentem minha louca

sede de viver

buracos ajunta pedras

doente fraco

trote de tolo velho

em farrapos

ainda olho quase cego

p’ro ego que passa

e mede um quarto de terra

pro ferro e o aço

deixa-me um pedaço

manchado de adeus

pegue os seus

e cambaleie p’ra longe

não quero sentir este aroma

de morte por perto

credo veneno do imortal

que ventos trarás

depois deste mal

que amanheço agora em poças

outros tempos nossas

velhas caminhadas de busca

lutas de seca olhos

têmpera confusa

encharco panos trapos

sujos

trago de espinhos que corto

do caule rugoso

trago tento amarrado uma foto

tramado por ela

como manto

não é homem santo

não tem nome de estrela

no céu brilhando

no entanto

me faz caminhar pensando

que mesmo tão longe

possa uma esperança brotar

lá no alto do cume

da “montanha mágica”

minha trágica criança

quem sabe

um dia pode chegar

credo veneno do imortal

reza que puro por dentro

tomei deste veneno

e agora estou vendo

minha cruz chegando por sinal

que o lar que carrego

agora em pele

as vestes embrulhadas

neguem

o que dentro segue

desafiando chão que vai

se abrindo

querendo desviar caminho

entre vamos desça

por moribundo em pé

o mundo da fé

quer sempre teu ninho

credo veneno do imortal

mesmo que aguda seja

minha ajuda

pertenço ao domínio do sol

o pó que trouxe no bolso

entre tantos recados

trazidos

dizia um pequeno

na forma de “santinho”

que um dia ei de voltar!

CREDO POISON IMMORTAL

Credo poison immortal

pray sad coldness

the errant boat without river

the elements of agonal

muddy ground bow

Sea waves dust

no clouds drop

I fell one another

which was lost in waiting

I stared across the lagoon

some miraculous fruit

teimas the sun spa

walking hoe

burning swollen legs

that only have pity

wets your face wanderer

dumb ego wandering

a world

crazy by little

that your body sheds coming up

palm leaf that opens

as poor currency move

I still blame

By looking at the stars

at night

even I judge myself

the will of my judge

to have as many children

the big mouth

I hear swallows inside

a loose hiccup

saying by soul

his servant to me home to copper

I am a little dream

the nightmare wants to kill

back envision my mistake

It will be my mistake to have loved

so beautiful lady

in bed calls

Tips precepts

precooked prejudices

I feel bankrupt

entering this address

shoe feet

underpinned by the man of esteem

containing all you want

which contains woman

sparks of lover

still light

do not lie my crazy

thirst for life

holes gather stones

sick weak

Old Fool's prank

shredded

still almost blind eye

p'ro ego passing

and measures a land Room

pro Iron and Steel

let me a piece

stained goodbye

take your

and stagger away p'ra

do not wanna feel this scent

closely by death

creed poison immortal

who shall bring winds

after this evil

that amanheço now in puddles

other times our

old search hikes

dry eyes struggles

temper confused

encharco cloth rags

dirty

gulp of thorns cut

stem rough

I try to bring tied a photo

concocted for her

as mantle

It is not holy man

has no star name

in the sky shining

However

make me walk thinking

even so far

can hope sprout

there on the summit of high

the "Magic Mountain"

my tragic child

who knows

one day may arrive

creed poison immortal

states that pure inside

I took this poison

and now I see

my cross coming by the way

that carry home

skin now

the wrapped garments

deny

that within the following

challenging ground that will

opening

wanting to divert path

between'll go down

By dying man standing

the world of faith

always want your nest

creed poison immortal

even if it is acute

my help

I belong to the sun's domain

the dust that brought in the pocket

among many errands

brought

said a small

in the form of "saint"

that one day I will come back