Minas Gerais
Minas Gerais
Minas
Está na cor, no cheiro e no sabor de terra
No laço, na luz do sol e no brilho do ferro,
Na melodia e na cantiga ninada da serra,
No boi, no arreio, no berrante e no berro.
Minas
Está no cheiro do mato
No café no coador de pano
No sertanejo e seu recato
Nas asas e no bico do tucano.
Minas
Está na viola e no clube da esquina
Na congada e na festa do divino,
Nas igrejas de Mariana e Ouro Preto,
Nas vozes dos corais e seus coretos.
Minas
Está na cidra e na laranja cristalizada,
No pé-de-moleque e na cocada de Piranguinho,
No leitão à pururuca, no tutu e goiabada,
No pão de queijo, na cachaça, em Aleijadinho.
Minas
Está na água do campo, e na mata verde,
Na mandioca, no curau e no doce de leite,
Na sombra do ipê, no abraço e nos enfeites,
No alcance do olhar e no balanço da rede.
Minas
Está no fumo de corda e no licor de milho,
No resumo do tempo, no alento e no encurtar da fala,
No cavalo, no seu galope e no estribilho,
Na calçada, no papo na mesa do bar e no oratório da sala.
Minas
Está nas prosas, e nos causos de Guimarães,
Nas flores das saias, das cortinas e das janelas,
Nas veredas, nos sertões, no cravo e na canela,
Nos dengos das meninas e no cuidar de suas mães.
Minas
Dos versos, da saudade, de Drummond e das poesias,
Da casa branca, do monte, do ceu, do gemer do vento,
Do cruzeiro do sul, do cantar do galo, deste momento.
Desta gente; bem aqui, hoje, no espírito, sempre, todo dia!!!