NA CAMPANHA DO MORTO
NA CAMPANHA DO MORTO
A “variedade” no poente
caldo de presente
desde o último
cantar do sabiá
na tarde tão fria
enquanto mateava sozinho
porque o caminho
percorrido dentro de mim
trazia uma sede vigorosa
uma sede saudosa
como a flor colocada
no verde composto
de água que benze
o rosto
molhando de fervura
compassiva
que servia carinho
quem altiva era
porongo anelado
que vinha com perfume
no longo olhar
desprevenido de tudo
feliz pelo mundo
deixado ser apenas ela
como mão que abraça
lembra o dolorido agora
de estar sozinho
olhando o sereno
descer na macega
estampa de prata que brilha
feito lua
crescente descendo
nos olhos erguidos acima
pescando sonhos
desejando tristonho
que a próxima estrela
no longínquo sideral
caia de onde estiver
destrua o anseio do mal
num lampejo
de infância faz pensar
que a estrela
pudesse ser
aquela noite linda
de mulher
que sorve o mate
boca pintada
beijava atrevido
lábios quentes
lamuria de amantes
na varanda do chalé
talhado no campo
ainda presente
doce perfume
deixei postar p’ra sempre.
CAMPAIGN OF THE DEAD
A "variety" in the west
This broth
since the last
singing thrush
on that cold afternoon
while mateava alone
because the path
traveled inside me
carried a strong seat
a wistful headquarters
as flower placed
green compound
of water benzene
the face
watering boiling
compassionate
serving affection
who was haughty
porongo ringed
coming with perfume
long look
guard all
happy the world
let it be just
as hand embraces
recalls the painful now
being alone
looking serene
get off at macega
print silver shining
made moon
growing down
eyes lifted up
fishing dreams
wishing wistfully
the next star
in the far outer
fall where you are
destroy the evil urge
in a flash
childhood makes you think
the star
could be
that beautiful night
of woman
sipping mate
painted mouth
cheeky kiss
Hot Lips
whimper lovers
on the porch of the cottage
cut in the field
still present
sweet scent
p'ra always left post.