O TEMPO E O ESPAÇO...
Não! Não se pode deter o tempo,
Nem mesmo os sentimentos,
Ou a voz do coração.
São criaturas independentes,
Que nos prende em correntes,
Qual a nossa rubra pulsação.
Seres alados compulsivos,
Que nos deixam apreensivos,
Que distorcem o amor e a paixão.
O que nos vale a diferença?
Se o coração não pensa,
E age com imposição.
Finge ser mero remissivo,
Esconde o poder decisivo,
Ponto de interrogação...
Não! Não abracei o tempo,
Larguei meus sentimentos,
Em algum lugar no rubro chão.
Não por falta, mas por excesso,
Por ver meu desejo expresso,
Sem dos lábios ouvir um refrão.
Por amar um passado,
Da linha do tempo... Um traço,
No peito... Um infinito vão.