O BELO
Contemplo o céu azul e a verde natureza,
que Deus esparramou pelos confins da terra,
vejo nuvens a deslizar no espaço irrestrito
e sinto a grandeza do infinito...
As folhas num rumor de penetrar na alma,
na alma de um poeta que ora adormecido,
se põe a meditar naquilo que tem sido,
naquilo que recalca até do seu olhar...
Ante o brilho dourado a beijar telhados,
lavados pela chuva que chorou de noite,
retrata qual um espelho a lucidez do dia...
Enquanto a tarde desce e o sol declina,
a brisa se enrubece e se torna fria,
penetra porta adentro e faz dançar cortinas.
Ao lado do riacho que corre sereno,
contemplo animaizinhos de porte pequeno
a pastarem o verde que atapeta o solo...
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E ao lembrar que há tanta tristeza jorrando,
bendigo a beleza e nela me consolo.
(imagem do google)