A arte no belo
Favorecido pelo amor ao belo
Empresto à minha beleza da alma
O amor, a paz, a alegria que acalma
E nos livra da dor e do flagelo.
Todos unidos formam um grande elo
Cantando em voz alta, unindo as palmas
Mesmo que seja sem falar a vivalma
Fortalecendo o verde e o amarelo
Imprimindo ao martelo a batida
Será fácil encontrar a saída
Ao grande mentor da beleza Divina
Ao mestre dos mestres, o grande criador
Aquele que a cada dia ensina
O que é viver imbuído de amor
Devemos, em palavra e em rima
Manifestar aquilo que tem valor
Deixar que sobressaia por cima
Somente o brilho, a verdade, a cor
Viver será fácil, simplificado
E um mundo maravilhoso criado
Lembra da última vez que sorriste?
Da última vez que deste bom dia
Para alegrar as horas, os momentos
Dos que passavam por algum tormento?
Acaso te lembras do ser que viste
Esquecido da arte da alegria
Sem beleza n’alma, sorriso triste
Lamentando a dor do seu sofrimento?
O que fizeste ali da tua parte
Pra demonstrar que amar também é arte?
Pra dar um tom de beleza na vida
Não é suficiente ter dinheiro
Nem viver distante do cativeiro
O que podemos fazer de saída
É acumularmos em lugar primeiro
Mais sentido e mais visão da lida
De fazer da nossa Terra um viveiro
Que torne suave nossa partida
Viver plantando e colhendo arte
Deixando beleza por toda parte
Se tudo que o homem empreender
Tiver por finalidade o desejo
De mudar aquilo que se pode ver
Em melodioso som de realejo.
Se não somente a plástica, o querer
Expor aquilo que visito e vejo
Que sei que algum dia irá perecer
Apodrecendo, matando o ensejo.
Se, em tudo o amor não fizer sua parte
Viver terá sido tudo, não arte