O BARCO...
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...desliza suave
e as águas do Rio desaparecem
no horizonte de minha imaginação.
(Dentro dela, cabe tudo!)
Para trás, planando no ar
como se fossem bailarinas
permanecem só fumaça, fuligem e poluição.
Uma grande dor que não dói
invade o coração
(com tantas coisas ruins nas águas,
poluídas do Rio da minha saudade!).
Não vi a tristeza que me invade
acenando tristemente
(pela última vez)
para meu desespero!
Sacudindo o seu lenço branco com
o qual lhe presenteei
para ser utilizado
na hora desse trágico adeus!
Lágrimas do coração escorreram
inundam meu rosto,
turvam a visão.
(Decidi não olhar!)
É um trágico cenário!
Minha tristeza pode voltar,
entrar por aquela porta
me abraçar novamente,
acariciar carinhosamente meu corpo.
É melhor olhar sem ver!