Rios do Amor

Essas águas não se encontram

E cada vez mais distantes

As fortes correntes tortuosas

E curvas desconcertantes...

Está impossivel continuar navegando

Direto ao desespero do desconhecido...

Penso em pular rumo ao infinito

Onde nada se acabará em mágoas...

Nas margens das águas, repousam

Árvores mansas e retorcidas...

A água não chega e meu coração

Também arca-se em retorções...

Tambem sinto falta de uma verdade

De um fim onde as águas se encontram

E desaguam no mesmo amor

Mas estas não matam as sedes dessas margens...

A solidão cria ondas onde o caos

Já está soberano e faminto de dor

Eu podia tentar mentir um fim bonito

Mas o vejo em cachoeiras violentas

Onde vou chegar com meu medo?

Sua correnteza te levou para onde

Não irei chegar...

O infinito amor, finita minha vida oscilante...

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 16/06/2007
Código do texto: T529802
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