Rios do Amor
Essas águas não se encontram
E cada vez mais distantes
As fortes correntes tortuosas
E curvas desconcertantes...
Está impossivel continuar navegando
Direto ao desespero do desconhecido...
Penso em pular rumo ao infinito
Onde nada se acabará em mágoas...
Nas margens das águas, repousam
Árvores mansas e retorcidas...
A água não chega e meu coração
Também arca-se em retorções...
Tambem sinto falta de uma verdade
De um fim onde as águas se encontram
E desaguam no mesmo amor
Mas estas não matam as sedes dessas margens...
A solidão cria ondas onde o caos
Já está soberano e faminto de dor
Eu podia tentar mentir um fim bonito
Mas o vejo em cachoeiras violentas
Onde vou chegar com meu medo?
Sua correnteza te levou para onde
Não irei chegar...
O infinito amor, finita minha vida oscilante...