Benedito Ancião.
A ampulheta conta suas areias,
Replicando as horas de seus minutos,
De asas e flores invernais florais,
E nos deixam, poupados, extasiantes.
Sobre os lírios, de punhos curdos,
O vazio do vidro que fascina,
O acolher do espelho do tempo!
Milagres, sombras, rosas, calouras.
Nos sisos dos lamentos voga as mentes,
Surgindo as raízes horizontais,
Subindo dos infernos aos céus perfeitos.
De lápide, os querubins de grãos,
Remanejando o destino mágico!
Aos gritos de harpas ás veemências.
Benedito Ancião são os chãos,
Que ardem, pelas colheitas áridas;
Foragidas pelas mãos de sangues,
Retocando os carinhos dos querubins.
A ampulheta conta suas areias,
Replicando as horas de seus minutos,
De asas e flores invernais florais,
E nos deixam, poupados, extasiantes.
Na saudade do surdo lacrimejante,
Ao pisar nos grãos, já dos nascentes!
De cânticos suaves superficiais.
Lá se vai, os contos das colmeias,
Nivelando o fel de tantas glórias!
Benedito Ancião são os chãos.
No sonho do poeta faz crescente,
Dentre o mundo e sua imaginação!
Deixando a saudade perfumada;
Nos retoques dos seus pincéis azuis,
Faz permanecer a poesia,
Aos olhos do coração, acrescentando;
Dê jus, as magias, dos seus lacrimosos.