E a flor perdeu a terra...







Hoje,triste,trago a dor neste poema,
A flor perdeu a terra,no açoite do vento,
Era, da alameda u’a margarida,apenas...
Quase fenecida,mas,sem dor ou lamento.

Dos galhos do laranjal,numa tarde fria
Emplumado,solene coral de passarinhos
Choravam,algo diziam,secreta melodia...
Deitavam brancas penas pelo caminho

Ah!Como resistir posso,destino nefasto !
Tomando,em reverencia,aquele corpinho
Recitei orações dos tempos de menino
Tudo me parecia puro,singelo,tão casto...

Ah!Que a flor renasceu em minha palma!
Eis que o soturno réquiem tornou ciranda
Ventania enfraquecida,suave garoa branda,
Saúdo ,gentil margarida,devolvendo tu’alma !”