Manhãs do Interior

O cheiro do café misturado com do mato

Perfumado pelo orvalho, que deixa tudo molhado

O pão, que se esquenta no fogão só pensando em ser devorado

O galo já cantou, o leite fresco, ordenhado

Ovos mexidos, recolhido a pouco,

Logo aqui no galinheiro ao lado.

Um friozinho gostoso e o sol da manhã aparece,

Com uma preguiça daquelas, dando a impressão que não acordou,

E que talvez o galo o tenha acordado.

Lá fora, cigarro de palha sendo queimado

Com enxada do lado, vou pra lida acompanhado

Da horta cuidando e capim cortado pra tratar do gado.

A rotina não cansa,

Ainda mantenho fé e confiança,

Desse retorno esperado.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 16/05/2015
Código do texto: T5243613
Classificação de conteúdo: seguro