Manhãs do Interior
O cheiro do café misturado com do mato
Perfumado pelo orvalho, que deixa tudo molhado
O pão, que se esquenta no fogão só pensando em ser devorado
O galo já cantou, o leite fresco, ordenhado
Ovos mexidos, recolhido a pouco,
Logo aqui no galinheiro ao lado.
Um friozinho gostoso e o sol da manhã aparece,
Com uma preguiça daquelas, dando a impressão que não acordou,
E que talvez o galo o tenha acordado.
Lá fora, cigarro de palha sendo queimado
Com enxada do lado, vou pra lida acompanhado
Da horta cuidando e capim cortado pra tratar do gado.
A rotina não cansa,
Ainda mantenho fé e confiança,
Desse retorno esperado.