Do Feriado
Entendo quando eu espero na janela e ninguém vem
deve ser perigoso passar pela minha rua.
Entendo quando eu escrevo e ninguém lê
deve ser estranho ler uma alma nua.
O frio do feriado é calmo e empolgante
encobrir o cansaço com cobertor e chocolates
tragar o imenso ardor de viver
prontos para mais um dia de combate.
Isso vem da imaginação de um retrocesso ambulante
isso vem da voz de um mudo
esqueçam esse mundo doido
sintam como é doído esse mudo.