Obras.

Me confessar com as obras de Deus,

Escondido nos cantos aflorados,

Solas meu peito, desta solidão.

Oh larvas que me pressionas.

Sou mistério do mundo na ilusão,

Um tempo que sou ingratidão.

Gritos em conhecimentos árduos,

Neste solo convenho a madeira,

Raso pequeno curto endiabrado,

Foras as minhas certezas.

Aforas que se estendem,

Este beijo que roubo em mim.

As vezes que volta meu passado,

Sobram às minhas loucuras,

Um começo pequeno assentado,

Agreste moreno, sou pequeno.

Embora eu vá tão infinitamente?

Me confessar com as obras de Deus.

Esta alma que rasga,

Pequena pela imensidão postema!

Futurando o medo neste covil,

Vais embora oh, capim turvo.

Escondendo-me do fogo pérfido,

Nas águas que caem dos meus prantos.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 29/04/2015
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