Minha voz ensurdece pela estrada,
onde desvio o caminho.
Na estrofe onde te encontro, 
perco o verso.
No reverso, busco  sonhos,
nesse entardecer tristonho,
de palavras ditas ao vento.
Não escutas, estás tão longe,
não te enxergo, 
não me vês.
Embaçados pelo véu oculto,
não me encontras, 
não te vejo.
Fazes falta, 
no universo de mim,
nessa terra desconhecida,
inexplorada por ti.
Te procuro,
para te sentir
na curva do rio,
que passa, flui,
dá vida

- te encontrarei quando dobre a esquina.