POR DOM OU MALDIÇÃO...
A sina da minha sede em vaidade,
Trouxe o duro limiar da saudade,
Que me deixou o gosto sentir.
Quem dera fosse raso ou zero o perfume,
Essa identidade que chega e me assume,
Não haveria nada para o peito consentir.
Agora, rasga o olhar, mesmo fechado,
Assim, dormindo ou acordado,
Posso te ver e o teu perfume pressentir.
Não! Não sei se por dom ou maldição,
Mesmo que Deus tenha me tirado a audição,
Restaram tantos dos meus sentidos para ti.