INERTE-MARCOS LOPES-Inerte! Não!-Gina Márcia - CORPO INERTE -TÂNIA AILENE

INERTE

Um tórrido entardecer me invade

Trespassa meu coração

Enchendo de marasmo cada um dos meus dias

Fazendo calar dentro de mim

Uma dor cruciante

Que corta sem dó

Cada pedaço de mim

Num martírio sem fim.

Como afogar essa enchente?!

Nada me vem na mente

Enquanto eu corro infinitamente

Tentando abafar esse torpor

Esse langor tirano.

Cada momento se faz mais dolorido

E minha cabeça gira

Diante do meu corpo enfraquecido.

Me sinto esfacelado

Literalmente contrito

E esse emaranhado forma sua teia

Se preparando para o combate final.

Meu corpo; cada vez mais cansado

De lutas travadas, infindáveis

Sinto a boca amarga

A respiração que me falta.

Parece escorrer de mim

Um tanto de minh'alma.

Me encontro em convulsões continuas

Inerte diante de tudo.

Apenas deixo meu olhar fitar

Já que meu ser se acovarda

Não me faço afável; nem relutante

Apenas fico parado, estático.

Enquanto essa torrente se debulha

E ri de mim.

Nada para fazer...

Nada posso...

Apenas deixo que tudo se faça

Enquanto eu cruzo os braços.

MARCOS SERGIO T. LOPES

- 05/04/2004

Inerte! Não!

Gina Márcia

31/05/07

Levanta dessa inércia.

Corre vai ao espelho mais próximo.

Veja além do seu lindo externo.

Enxergues sua alma

que é linda

e que não percebes

mas anda de mãos dadas

com um coração enorme.

Que tal lutar?

Respire lentamente.

Receba o mundo que te abraça.

Vai! Descruza esses braços.

Sinta os abraços que te esperam,

que te querem.

Vai! Se perca neles.

Deixa essa boca se adoçar

em beijos de alguém que te ama.

E aí sim!

Deixe seu olhar fitar!

Fitar a beleza de outro olhar

que precisa do seu

simplesmente...

para continuar vivendo!

CORPO INERTE

TÂNIA AILENE

Cala a fonte da vida

Voz escondida, no surto que irradia

Perspectiva do nada

Que se anuncia...

Chora a face marcada

Pegada no solo fincada

Dança valsa aflita

Sem fome, avilta...

Corpo inerte sem coragem

Julgamento feito imagem

Suposições caladas invadem

Pedras rolam, sonhos invadem...

Cala

Chora

Corpo

Morto...

Tânia Ailene Nua Poesia
Enviado por Tânia Ailene Nua Poesia em 08/06/2007
Código do texto: T518210