Aquela Árvore Minha
Constrói sem precisar de usar
Folhas de seda sobre árvores
E ninhos, e vento
Sobre geada gelada,
no céu cinzento
De certo são primores.
Constrói de pó, de muitos vácuos
Plácidos embriões de natureza
E naquela altura sobre a mesa
Respirei nas tuas rimas, a incerteza
Não te vás,
Congela o tempo para mim
Suplico-te que mantenhas audaz
A luz que rega o teu jardim
E deixa-me projetar sem fim
No teu dia repetido,
Deixa-me ser por muitos anos
Deixa-me desfrutar
Debaixo dos teus ramos.