CANTO BANCO

Naquele canto tem um banco

Que cabe dois humanos

Debaixo daquele pé de manga

Naquela praça de interior

Quantos já passaram, ali descansaram, outros sonharam...

A fonte já teve água colorida

Onde os que admiravam, brincavam

Sorriam e se deixavam encantar pelo momento

O pipoqueiro, o picolé, o algodão-doce

Faziam a tarde de quem tinha o prazer

De desfrutar aquela pracinha

Da cidadezinha, hoje esquecida...

Naquele banco daquele canto

Julinha e Moisés, Onofre e Valentina, Davi e Onorina,

Quantas juras de amor...

Por onde andarão?

O banco hoje coberto por folhas velhas

O pé quebrado, a fonte seca, a mangueira sem adubo

Mas as lembranças ficaram

Da pracinha, da cidade,

Da pipoca caída no chão,

Do picolé adocicado,

Do algodão-doce que grudava nos dedos

Das juras de amor dos enamorados.....

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 23/02/2015
Reeditado em 23/02/2015
Código do texto: T5147241
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.