CANTO BANCO
Naquele canto tem um banco
Que cabe dois humanos
Debaixo daquele pé de manga
Naquela praça de interior
Quantos já passaram, ali descansaram, outros sonharam...
A fonte já teve água colorida
Onde os que admiravam, brincavam
Sorriam e se deixavam encantar pelo momento
O pipoqueiro, o picolé, o algodão-doce
Faziam a tarde de quem tinha o prazer
De desfrutar aquela pracinha
Da cidadezinha, hoje esquecida...
Naquele banco daquele canto
Julinha e Moisés, Onofre e Valentina, Davi e Onorina,
Quantas juras de amor...
Por onde andarão?
O banco hoje coberto por folhas velhas
O pé quebrado, a fonte seca, a mangueira sem adubo
Mas as lembranças ficaram
Da pracinha, da cidade,
Da pipoca caída no chão,
Do picolé adocicado,
Do algodão-doce que grudava nos dedos
Das juras de amor dos enamorados.....